domingo, 23 de março de 2008

Curitiba “tá” um saco!

Ultimamente está, simplesmente, insuportável andar em Curitiba. E não é só de carro, que ainda tem certa vantagem no locomover-se na capital paranaense. “Andar” de ônibus nunca é bom, mas nos horários de pico é sem condições. A começar pelo – pequeno – número de ônibus circulando pela cidade. Ônibus esses que estão sempre lotados e como a menor condição de que alguém trafegue com qualidade. Depois tem as pessoas que utilizam esse ônibus como transporte. Cada pessoa mal-educada... Eu não sei para que serve aquele aviso de “antes de embarcar aguarde sempre o desembarque”. Parece que ninguém nunca ouviu esse aviso no ônibus. Outro esporte dessas pessoas é se socar dentro do veículo. Não percebem que não cabe mais ninguém dentro e vão empurrando até “não poder mais”.

Então, já que os ônibus da cidade são uma merda o bom é andar a pé. Bom que nada! Com essas calçadas, nas quais tropeçamos em nossa sombra de tanto buraco que tem, não tem a menor condição. Eu queria saber se tem alguma pessoa que nunca estragou um tênis, um sapato, um chinelo ou qualquer coisa do tipo anda a pé em Curitiba...

Considerando tudo isso... Andar de carro é bom. Porque o ilustríssimo Beto – Sr. Caras – Richa, senhor (ou seria piá?) prefeito de Curitiba – esqueceram de contar isso a ele – já fez várias melhorias no bairro do Batel e no Seminário... Ah! é verdade... Ele está fazendo uma obra que iria durar apenas o período de férias na Marechal Floriano próximo ao Shopping Estação. Um lugar que quase não passa carro nenhum e que nem gera transtorno nenhum para as pessoas.

É engraçado, mas nas grandes cidades quando se começa uma obra de grande porte no perímetro urbano e que vai interferir na vida da população, normalmente, essa obra segue por todo o dia inclusive a noite para que o quanto antes ela esteja encerrada. Mas ainda assim, com todos esses aspectos, vale mais a pena andar de carro do que a pé ou de ônibus aqui.

A propósito, a cidade está em guerra civil e nem me avisaram?

terça-feira, 18 de março de 2008

04.03.08 – The perfect day

Demorou, mas, enfim, vai ser possível escrever.

04.03.08 – The perfect day

Terça-feira...

Um sol de rachar a cabeça... Uma fila com uma galera muito gente boa – tão gente boa, que até nos permitiu “fura-la”. Uma hora, uma hora e pouco após o pico do sol do meio dia, as pessoas, em sua grande maioria vestida com camisetas pretas, todos muito animados para o que iria acontecer.

A sensação era de estar num lugar com seus melhores amigos, mesmo sem conhecê-los. Todo mundo num mesmo clima – que até é difícil explicar qual era esse clima. Daquelas coisas que não tem como descrever... Mas vamos avante.

Avante, mas não muito mais a frente. Aproximadamente uma hora depois de estar alojada no meu lugar na fila, a produção resolveu abrir os portões. Há duas quadras de distância deles... Mais uma hora para entrar, ou melhor, quase entrar... Mais quinze minutos de revista por pessoa e apenas duas pessoas (mulheres) para revistar uma multidão. Beleza de organização.

Mas voltemos à fila. Cada tipo! Cada gente, mais gente boa... E um bando de doidos também. Na nossa frente um pessoal que era uma mistura só... Tinha algumas pessoas da Bahia – que vieram “independentes” e contaram as maiores mentiras para os chefes –, um povo de Santa Catarina – que estava dividindo tudo o que tinha para comer com o resto da fila. Na revista “conheci” uma guria do Pará que, para ver o show, viajou mais de 7 horas até Curitiba. E depois dizem das pessoas da terrinha: “Eita, povo doido!” Tem gente que é mais. Antes do show acabamos pensando: “quem é doido de fazer isso?”.

Mas, depois, essa opinião vai mudar...

Entramos, nos “abancamos” e ficamos lá, com o “sol na moleira” até umas seis e tantas da tarde... Xingamos o DJ, xingamos o emo (“ta no show errado”), jogamos boné, também jogamos boné no emo, jogamos bolsa... Avião passando... Sentamos, levantamos... Compramos água, bebemos água, xingamos o DJ... Levantamos, sentamos... Final de tarde...

Agora todo mundo em pé... Só faltam duas horas (ê beleza) vamos, todos, nos apertar o máximo possível...

Uma noite impecável! Um céu e uma paisagem de dar inveja. Tudo conspirava para que a noite fosse perfeita.

E a noite foi perfeita. Próximo das oito da noite, a filha de Steve Harris, Lauren Harris, entrou no palco e tocou alguma coisa que nem me lembro mais o que era. Sei que foi pouca coisa, pois perto das oito horas e trinta minutos ela já não estava mais no palco. Ah, lembro, também, que ela usava a calça de couro que o Bruce usou na turnê “Live After Death”.

Mais meia hora de espera... Cada luz que acendia no palco eram mais 10 passos à frente. Não sei onde foram parar todas as pessoas que estavam ali.

Talvez até imagine... Mas, levando em consideração que não houve grandes problemas...

Às nove horas e alguns minutos da noite a pauleira começou! O Iron subiu no palco e colocou a Pedreira a baixo... Senti-me flutuando... Talvez não fosse apenas sensação, já que quase não consegui colocar meus pés no chão enquanto eles tocavam Aces High. – Acredito, também, que essa música deveria ter sido tocada novamente no bis, já que era cada um por si e muitos preferiram se proteger em vez de curtir a música. Do or Die!

Acho meio difícil – visão de espectadora – descrever o show. Não tem palavras para dizer o quão em “forma” estão os integrantes do Iron Maiden. Melhores que na “primeira versão” de Somewhere Back In Time: Live After Death. Além do mais, Live After Death não contou com músicas como Fear of The Dark, Heaven Can Wait, Wasted Years, etc etc etc.



Foto: Whiplash

Seria até irônico de minha parte dizer que um show, que eu ouvi em cd, foi melhor que o que eu vi ao vivo. O Iron Maiden é impagável. Não há como descrever as quase duas horas de show. Isso é simplesmente impossível. Apenas que foi para saber.

Ainda mais difícil é descrever uma multidão cantando afinada junto com o Bruce. E o melhor foi vê-lo subindo nas “colunas” de sustentação da cobertura do palco da Pedreira. Aos 50, com mais fôlego que eu... Com mais espaço também...

Isso sem falar em Harris, Gers, Smith, Murray e McBrain, todos indescritíveis! Tudo nesse show é difícil de descrever. Tudo muito cheio de momentos únicos.

Lembra-se da moça que eu disse ter vindo do Pará e que demorou 7 horas de vôo para Curitiba? Após Hallowed be thy Name minha vontade era ir para o aeroporto Afonso Penna direto a Porto Alegre. Pra quê?!

Ainda bem que a turnê vai até setembro...

Conclusão disso tudo:

Heaven can wait til another day...