segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Curitiba dá pena?


Não escrevo aqui a algum tempo já, mas hoje quero dizer algo que há tempos me incomoda: a violência.

Em artigo da Folha de S. Paulo o colunista Gilberto Dimenstein escreveu sobre a crescente violência na cidade de Curitiba. "Foram registrados 26 assassinatos em Curitiba e em sua região metropolitana entre sábado e terça-feira, período do feriado do Carnaval." É inaceitável uma cidade de cerca de 1,5 milhões de habitantes não conseguir conter essa crescente onda de violência. E isso já é visível a todos os habitantes da capital, e não mais apenas nas famosas regiões metropolitanas e/ou bairros mais pobres da cidade. Por onde andamos não existe mais segurança. Passos apressados são necessários ao andar na rua; esqueça andar com a janela aberta do carro (vide experiência própria); cada vez mais pessoas pedem dinheiro na rua ou nos semáforos.

Como que a cidade chegou neste ponto??

Não Sei. O que fazer? Também Não Sei! Mas pelo jeito o Governo também não. É claro que muitos vão dizer que só se começa a pensar sobre esses assuntos quando ela atinge os "bairros nobres" e a classe média/alta. Isso não é uma inverdade. A violência em Curitiba a tempos atinge bairros mais distantes e cidades vizinhas. Em Almirante Tamandaré (região metropolitana de Curitiba), a prefeitura local vetou bares de ficarem abertos após as 22h. Isso fez com que a vioência e assassinatos tivessem uma redução significativa (algo em torno de 45%). Mas é a solução ou apenas remédio que a longo prazo não faz mais efeito? A polícia e a Secretaria de Segurança mostra sua ineficiência ao combate a curto e médio prazo. Não vou ficar aqui discursando sobre a culpa da sociedade e sobre que a educação é a solução pra tudo.

Segundo dados do Ministério da Saúde (?) e como escrito na coluna de Dimenstein, "a taxa de assassinatos é de 49,3 por 100 mil habitantes em Curitiba, muito maior do que a média nacional --a linha do homicídio, segundo o documento, cresce a cada ano. Mesmo considerando a possibilidade de desvios estatísticos apontados pela Folha, a cidade está pior do que São Paulo e, na melhor das hipóteses, igual ao Rio."

Ta bom ou querem mais? Soluções são bem vindas.


Obs: a coluna na íntegra de Gilberto Dimenstein pode ser lida aqui: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/gilbertodimenstein/ult508u370021.shtml

3 comentários:

Anônimo disse...

Na verdade falta boa vontade, não apenas do Estado, mas também da prefeitura. E não estou falando apenas da de Curitiba, as da Região Metropolitana também. Já que não quase há diferença entre a capital e a região metropolita e pode ser entendida como uma só.

Só me preocupa o fato daqueles apelidos que a cidade ganhou ao longo do tempo. Até o Gilberto Dimenstein percebeu isso. Quando é que nós vamos perceber? Quando vamos deixar de pensar em status e passar a pensar em cidadania.

Anônimo disse...

Observação:

Coitadinho do gatinho!

francis cabral disse...

a região metropolitana é pior, mas curitiba ainda é melhor do que qualquer outra capital ao meu ver.